A vida é feita de palavras.
Palavras pensadas, escritas e faladas.
Faz parte do ser humano expressar-se.
Encontraremos aqui nesse espaço algumas palavras pensadas e escritas por mim.
Os textos postados aqui podem ser originais ou postados/publicamos, primeiramente, em alguma outra fonte de informação (jornal, site ou portal) ao qual eu colaboro, mas todos são de minha autoria.
Sintam-se à vontade para opinar, seja por aqui, ou em outro local ao qual o texto já tenha sido publicado.
Com carinho e votos de que a nossa convivência seja pautada pelo respeito e companheirismo.
Abraço,
Cláudia de Villar
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Somente com a educação haverá libertação
"Haverá o dia em que todos poderão ser livres.
Haverá o dia em que todos apoiarão a leitura.
Este dia será marcado por felicidade e liberdade.
Para que este dia chegue basta que você, pai e professor, seja também um leitor e propagador dos benefícios da leitura.
Acredite:
Ler é o caminho
Conhecer é o meio
Liberdade é o Fim."
Cláudia de Villar
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A vida não se encontra num
supermercado.
por Cláudia de Villar
(publicado no Jornal Floresta/RS 14.08.2013)
(publicado no Jornal Floresta/RS 14.08.2013)
A felicidade não foi feita
para ser comprada, mas para ser vivida. Muitos procuram a alegria nas gôndolas
dos armazéns, nas vitrines das lojas, num vestido novo, num carro mais potente.
Concordo que, alguns utensílios e o conforto sempre ajudam, mas a vida não foi
feita para ser comprada num supermercado. Pensando assim, passaremos dias,
meses, anos à procura de uma felicidade vendida. E não é isso!
Sei que ser feliz deitada em
almofadas de cetim, numa rede em uma varanda de uma casa de cinema deve ser
maravilhoso... Deve... Assim imaginamos. Enquanto muitos dizem: “Dinheiro não
traz felicidade”, outros rebatem: “Mas que ajuda, ajuda!”. Sim, claro que
ajuda! Mas a vida é feita de milagres. Pequenos milagres. O nascimento de um
novo ser é um milagre. E como aconteceria a vida sem o nascimento? O
desabrochar de uma flor, as primeiras palavras e os primeiros passos de um
filho. O abraço de um pai, o cafuné de uma mãe. O olhar feliz de alguém que
descobre algo novo ou um olhar de um aluno que percebe que conseguiu aprender! A
recepção calorosa do nosso animalzinho de estimação, as lembranças de nossos
avós. Ah... A vida!
Não... A vida não foi feita
para se procurar num supermercado.
A vida foi feita para nós
gritarmos, chorarmos, sonharmos... Sim, a vida, se houvesse algum lugar para
podermos encontrar mais e mais vidas, esse lugar seria em nossos sonhos.
Imaginem, poder dormir e sonhar. Sonhar e encontrar mais vidas!
Não, a vida não foi feita
para ser encontrada em um supermercado.
Não deixem que sua vida
esteja dentro de um copo de requeijão. Joguem fora os copos de requeijão. Doem
para aqueles que nada têm! Usem as taças que vocês um dia ganharam e que ainda
estão esperando a ocasião especial para serem usadas. A hora é agora. A vida é
hoje. Viva! Não procure viver dentro de um pacote de macarrão. Ou dentro de um
pote de sorvete ou numa barra de chocolate. A vida não está num supermercado. A
vida está em mim, em você, está nas pessoas que passam por nós. Portanto, viva
a vida espalhando vida.
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Leitura
de Mundo: Do Tindolelê ao BBB
Ler é transformar-se. Quem lê começa uma leitura sendo
uma pessoa e termina sendo outra. Ler, portanto é recriar-se. O leitor vai a
cada página, adquirindo nova “plumagem”, novas visões, vai experimentando,
através de cada personagem, de cada parágrafo lido, mais conhecimento de mundo
e percebe que o mundo não é apenas aquele ao qual ele vive. Descobre que
existem vários mundos. Portanto, o leitor é um descobridor.
Porém, engana-se quem pensa que a leitura acontece apenas
através de livros, textos teóricos, didáticos, informativos, ilusórios. Não, a
leitura se dá através da visão e a visão pode alcançar o infinito. Logo, a
leitura acontece além do próprio umbigo, ela acontece em vários momentos,
através de cores, sabores, odores, flores, imagens, sons, rostos e músicas.
Lemos constantemente. Lemos as expressões de rostos, lemos os sinais de
trânsito, lemos os livros e lemos as letras de músicas.
E eis que chegamos num ponto importantíssimo: a leitura
das músicas ou de suas letras. A partir delas podemos fazer uma leitura de
mundo:
“Todo
mundo tá feliz?
Tá feliz!
Todo mundo quer dançar?
Quer dançar!
Todo mundo pede bis
Todo mundo pede bis
Quando para de tocar
Mais um! Mais um!”
Tá feliz!
Todo mundo quer dançar?
Quer dançar!
Todo mundo pede bis
Todo mundo pede bis
Quando para de tocar
Mais um! Mais um!”
E não apenas as músicas, os
programas de televisão também. Eles nos revelam o grau da cultura geral de um
povo, cidade, país. Qual grau estamos? “Todo mundo tá feliz” com o grau da
nossa cultura?
A ‘rainha’, como é chamada,
dos baixinhos, divulgou essa alegria aos quatro cantos e por fazer dessa e de
tantas outras letras musicais a sua bandeira, foi coroada. Quantos escritores
infantojuvenis não devem estar se remoendo ao ler isso? Tem muita gente boa,
excelente, morrendo com as suas obras nas mãos enquanto a rainha enriquece com:
“(...)Iê,
iê, iê, iê,
Tindolelê
Nheco nheco
Xique, xique
Balancê
Iê, iê, iê, iê,
Tindolelê
Nheco nheco
Xique, xique
Balancê(...)”.
Tindolelê
Nheco nheco
Xique, xique
Balancê
Iê, iê, iê, iê,
Tindolelê
Nheco nheco
Xique, xique
Balancê(...)”.
Eis que para fechar com
chave de ouro e para colocar uma pá de cal na esperança de alguns autores surge
o BBB para dizer que a cultura de um povo são as brigas, os namoros fáceis, a
troca de interesse, as fofocas, e por aí vai.
Afinal, se lemos tudo e
todos e se, após essa leitura do que vemos podemos resumir como está,
culturalmente, o mundo ao qual pertencemos, como está a cultura de nosso mundo?
Se houver alguma discórdia
(graças a Deus), por favor, comece a mudança! Não adianta ficar sentando à
beira do caminho esperando as coisas mudarem. A mudança começa por você mesmo.
A propaganda, que é a alma do negócio, fez daquela criatura a rainha dos
baixinhos, se a mídia fez do BBB um programa líder de audiência, faça da
cultura que você admira estar entre os 10 mais! Seja um multiplicador de coisas
boas e não alguém que fica a reclamar da péssima cultura de seu país. De nada
adianta reclamar e ser taxado de preconceituoso se você tem preconceito com
aquilo que você admira! Se você ama o que lê, então por que não faz propaganda
disso!
Vamos lá, vamos divulgar o
que é bom. Se ficarmos quietos e calados, as rainhas e os “manos” continuarão
reinando no país das maravilhas!
publicado, originalmente, no site AG, Artistas Gaúchos
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